29 de agosto de 2014

Holocracia: a empresa do futuro?

Trata-se de um dos atuais sistemas alternativos ao padrão tradicional de organização hierárquica (ou em pirâmide) das empresas. A palavra tem origem no grego holos, que significa um todo, inteiro, completo e remete para o bem comum em vez do bem individual. Em termos práticos, uma equipa de projetos pertence a outros maiores e estes ainda a outros de abrangência mais alargada. Tudo funciona por círculos semi-autónomos, que fazem a sua auto-gestão, sendo que cada círculo está dividido por roles ou papéis.

O método assenta num modelo evolutivo e de capacidade de adaptação do individuo a uma determinada função, sendo escolhida a pessoa que tenha mais aptidões provadas para a concretizar e não necessariamente a que tem mais formação ou experiência na área. O objetivo deste sistema é que todos participem na gestão da empresa, cada um com as suas responsabilidades, gerindo a sua parte do projeto de modo a que seja executada como estabelecido e verificando os resultados dos colegas com quem diretamente se relaciona.

Como qualquer outro modelo de organização de empresas, este integra muitas outras características. Nesta breve descrição é possível resumir:
- Vantagens: este método elimina mais facilmente os obstáculos e tensões da empresa, tornando-a mais ágil, eficiente e transparente. Cada pessoa é “proprietária” de determinadas tarefas e a autoridade e responsabilidade são distribuídas por todos, não dependendo da intervenção de um líder.
- Desvantagens: difícil aplicação em organizações de maiores dimensões; nem sempre é possível que todos os membros da empresa tenham uma visão global do mercado ou consigam estabelecer estratégias, seja porque não têm acesso a esses dados ou porque não têm a experiência necessária para os interpretar.

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